Figura 01 - Transformador Monofásico |
Transformador Monofásico é um equipamento elétrico usado em transformar correntes, impedâncias e tensões. Transforma o valor da tensão, por exemplo, de 110 Volt para 24 Volt, ou vice-versa.
Esta capacidade do transformador permitiu a grande expansão no transporte, distribuição e utilização da energia elétrica e, juntamente com o motor de corrente alternada, mostrou o grande interesse da utilização da corrente alternada, numa época em que se confrontavam idéias sobre a melhor maneira de usar a energia elétrica, se sob a forma de corrente contínua ou sob a forma de corrente alternada.
No transformador monofásico existe um núcleo de ferro em torno do qual estão montadas duas bobinas, uma para receber a tensão (o primário) e outra para fornecer a tensão (o secundário).
Para projetarmos um transformador, é necessário primeiro definir o tipo e a finalidade do mesmo, se é para uso como estabilizador, isolador de corrente ou simplesmente como transformador de voltagem.
Definindo o seu uso, vamos definir as voltagens dos enrolamentos, se os mesmos serão de uso contínuo ou intermitente e qual a potencia que necessitamos.
Vamos fazer nosso projeto calculando a bitola do fio, numero de espiras de cada bobina, sessão em mm² do ferro silício etc.
Figura 02 - Núcleo de Transformador |
Vamos fazer nosso projeto calculando a bitola do fio, numero de espiras de cada bobina, sessão em mm² do ferro silício etc.
Neste material concentraremos o procedimento de cálculo de um transformador abaixador com tensão de entrada de 220V, tensão de saída 24V e corrente de saída 4A e freqüência de operação 60 hz. .
Devemos calcular a ferragem de chapas de ferro silício para transformador do tipo encouraçado definindo as medidas da perna central (Seção Bruta = 2a x b) que é a área do núcleo, e o numero de chapas, geralmente é 0,3556 mm. Continuamos o cálculo passo a passo.
Figura 03 - Carretel em bobinadeira manual |
Calculamos também as espiras do enrolamentos primários sendo de fio esmaltado derivado em duas seções (110 + 110). As espiras do enrolamentos secundário são de fio esmaltado derivado em duas seções (12 + 12).
Os carretéis comerciais (Tabela 01) utilizados na montagem de transformadores têm dimensões padronizadas.
A densidade de corrente que iremos trabalhar é de 4A/mm2.
Para melhorar a qualidade deste transformador, daremos uma demão de esmalte isolante em todas as chapas de ferro silício e isolaremos cada camada dos enrolamentos com um papel isolante de 0,1mm sendo que entre o primário e o secundário uma camada isolante de 0,2mm.
Figura 04 - Isolação entre Bobinas |
Para enrolarmos transformadores, devemos separar tiras de papel isolante, cola branca, cadarço, carretel e chapas de aço silício.
Devemos enrolar uma espira do lado da outra, bem organizada, esta organização é extremamente importante para caber as laminas no carretel após tudo feito.
Para iniciar o enrolamento de um transformador , o carretel deve ter um orifício na aba lateral, rente ao fundo do carretel, verificando o lado que permanece fora do núcleo; as espiras devem ficar unidas, tanto quanto possível, uma das outras para otimizar do espaço existente; o isolamento entre camadas é feito com uma fibra de papel impermeável de baixa espessura.
A inserção de uma fibra isolante entre o final do enrolamento primário e o início do enrolamento secundário é fundamental devido a maior diferença de potencial existente. Use uma tensão mecânica adequada nos condutores, durante a colocação dos enrolamentos. Esforços maiores poderão romper o fio, ou em caso contrário, as espiras ficarão frouxas dificultando a sua acomodação.
A saída do terminal do enrolamento deve ser feita ao lado da extremidade onde ocorreu a entrada do enrolamento. Coloque um espaguete fino para isolar o condutor da camada inferior. O restante da última camada, quando não tiver o total das espiras, poderá ser preenchida por uma fibra isolante cuja espessura deverá ser a mais próxima possível do diâmetro do fio. Desta forma a camada ficará bem nivelada, permitindo um melhor acabamento.
O enrolamento secundário deverá ter seus terminais, no lado oposto ao do enrolamento primário. Use uma fibra isolante final para o encerramento dos enrolamentos e proteção do conjunto. Efetue a secagem em estufa com temperatura controlada para retirar a umidade e providencie a impregnação com verniz apropriado a fim de aumentar o poder de isolação, evitando a penetração de umidade e reduzindo os efeitos da vibração entre espiras e das chapas do núcleo. Faça uma avaliação da performace do transformador construído efetuando os testes de resistência do isolamento, continuidade dos circuitos, corrente a vazio, perdas no cobre e no ferro.
A inserção de uma fibra isolante entre o final do enrolamento primário e o início do enrolamento secundário é fundamental devido a maior diferença de potencial existente. Use uma tensão mecânica adequada nos condutores, durante a colocação dos enrolamentos. Esforços maiores poderão romper o fio, ou em caso contrário, as espiras ficarão frouxas dificultando a sua acomodação.
Tabela 01 - Roteiro de Cálculo. |
O enrolamento secundário deverá ter seus terminais, no lado oposto ao do enrolamento primário. Use uma fibra isolante final para o encerramento dos enrolamentos e proteção do conjunto. Efetue a secagem em estufa com temperatura controlada para retirar a umidade e providencie a impregnação com verniz apropriado a fim de aumentar o poder de isolação, evitando a penetração de umidade e reduzindo os efeitos da vibração entre espiras e das chapas do núcleo. Faça uma avaliação da performace do transformador construído efetuando os testes de resistência do isolamento, continuidade dos circuitos, corrente a vazio, perdas no cobre e no ferro.
O roteiro para cálculo de transformadores pode ser baixado em: Aula 01 - Projeto de pequenos Transformadores Monofásicos.
Aplicativo para cálculo de transformadores pode ser acessado em: Aplicativo - Cálculo de transformador.
© Direitos de autor. 2017: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 21/01/2017
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