O transformador monofásico constitui a forma mais simples que conhecemos de transformação de energia, sendo ela normalmente valores de tensão tanto para valores mais altos como para valores mais baixos, dependendo do esquema de ligação o mesmo.
Um transformador monofásico elementar baseia-se no principio de indução magnética para realizar a transformação entre os níveis de energia.
A primeira tarefa para ser realizado no ensaio de transformadores é a identificação do primário e secundário do transformador. Isto é feito realizando a medida de resistência dos bobinados. As medidas de Resistência do Primário e Secundário são realizadas com a Ponte de Wheatstone.
1 - Perdas no cobre e no ferro
Os transformadores em geral apresentam perdas de potência quando estão em funcionamento, estas perdas são no cobre e no ferro.
Figura 2 - Perdas por efeito joule. |
Perdas no ferro - As perdas no ferro ocorrem devido a histerese magnética e correntes parasitas no ferro. Para atenuar o efeito das correntes parasitas os núcleos dos transformadores são formados por lâmina de ferro. As lâminas interrompem as correntes parasitas, pois são isoladas entre si.
Figura 3 - Perdas por histerese magnética. |
Após identificação do Primário e Secundário vamos fazer o ensaio em vazio e Curto Circuito do Transformador.
2 - Ensaios em Transformadores Monofásicos em curto-circuito
As perdas no cobre dos transformadores podem ser encontradas através de ensaio. Este ensaio necessita alguns cuidados, pois o secundário do transformador é colocado em curto circuito. Um varivolt inicialmente zerado deverá elevar a tensão do primário até que a corrente do secundário chegue ao seu valor nominal, um amperímetro deverá monitorar esta corrente.
O secundário é curto circuitado e aumenta-se a tensão no primário até que a corrente no secundário atinja o valor nominal. Note-se que, estando o secundário em curto circuito, a sua impedância é quase nula, donde, a tensão necessária, no primário, para obter essa corrente, é muito pequena. É, assim, necessário possuir uma fonte de tensão regulável para alimentar com um valor reduzido o enrolamento primário. Como neste ensaio a tensão no primário é reduzida, então a corrente que flui no enrolamento (IP) é também reduzida.
Figura 4 - Ensaio em curto circuito |
2.1 - Perdas no cobre: As perdas de potência no cobre será o produto entre a tensão (VP) e a corrente (IP) do medido no primário do transformador.
Com o mesmo ensaio podemos encontrar a tensão e corrente de curto circuito a impedância percentual e a corrente de curto circuito.
2.2 - Tensão de curto circuito (Vcc ou UK) - A tensão de curto circuito é a tensão no enrolamento primário capaz de fazer circular no secundário em curto a corrente nominal.
Com o mesmo ensaio podemos encontrar a tensão e corrente de curto circuito a impedância percentual e a corrente de curto circuito.
2.2 - Tensão de curto circuito (Vcc ou UK) - A tensão de curto circuito é a tensão no enrolamento primário capaz de fazer circular no secundário em curto a corrente nominal.
2.3 - Corrente de curto circuito este ensaio permite conhecer, também, o valor da corrente de curto circuito do secundário (e, através da relação de transformação, a corrente de curto circuito do primário), fazendo uma regra de três simples – se com uma tensão VPcc se obtém a corrente nominal no secundário, então com a tensão nominal no primário (e um curto circuito no secundário) obter-se-á a corrente de curto circuito.
Icc = Is / ( Vcc / Vp ) Onde: Icc = corrente de curto circuito; Is = corrente nominal do secundário; Vcc = tensão de curto circuito do primário e Vp = tensão nominal do primário.
O conhecimento deste valor é de fundamental importância para a determinação de algumas grandezas relacionadas com dispositivos de proteção na instalação elétrica, à qual o transformador pertence.
2.4 - Impedância percentual (Z%) - Uma vez medido a tensão de curto circuito podemos calcular a impedância percentual do transformador utilizando a seguinte expressão:
Z = (Vcurto-circuito)÷Vnominal).
Z = 0,0_ Ω
Z = _% (Para obter o resultado em percentual multiplicamos por 100).
Figuras de: Clodoaldo Silva << www.clubedaeletronica.com.br >>.
© Direitos de autor. 2015: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 21/01/2016
Icc = Is / ( Vcc / Vp ) Onde: Icc = corrente de curto circuito; Is = corrente nominal do secundário; Vcc = tensão de curto circuito do primário e Vp = tensão nominal do primário.
O conhecimento deste valor é de fundamental importância para a determinação de algumas grandezas relacionadas com dispositivos de proteção na instalação elétrica, à qual o transformador pertence.
2.4 - Impedância percentual (Z%) - Uma vez medido a tensão de curto circuito podemos calcular a impedância percentual do transformador utilizando a seguinte expressão:
Z = (Vcurto-circuito)÷Vnominal).
Z = 0,0_ Ω
Z = _% (Para obter o resultado em percentual multiplicamos por 100).
3 - Ensaios em Transformadores Monofásicos á vazio
As perdas no ferro dos transformadores também são encontradas através de ensaio, porém, agora o secundário fica aberto. Este não requer muitos cuidados, basta ligar o primário com a tensão nominal e medir a corrente no primário.
O secundário é deixado em aberto (não ligado a qualquer carga), sendo o enrolamento primário ligado à tensão nominal. Dado que o secundário está em vazio, nenhuma corrente flui nele e, consequentemente:
As perdas no ferro dos transformadores também são encontradas através de ensaio, porém, agora o secundário fica aberto. Este não requer muitos cuidados, basta ligar o primário com a tensão nominal e medir a corrente no primário.
Figura 5 - Ensaio á vazio. |
a) nenhuma energia é transmitida para aquele ramo do circuito
b) as perdas de Joule, no enrolamento secundário, são nulas. Verifica-se, entretanto, que o watímetro e o amperímetro, inseridos no circuito do primário, mostram valores não nulos – esta energia é “gasta” no enrolamento primário (Joule) e no núcleo de ferro (Eddy e histerese). Dado que o valor de RP e XP são muito inferiores a RC e Xm, poderemos dizer que a energia gasta neste ensaio é atribuível às perdas de Eddy e de Histerese, denominadas de perdas no ferro – PFE. O produto tensão-corrente no primário com o secundário aberto será a potência perdida no ferro.
4 - Rendimento - As perdas no cobre e no ferro influenciam diretamente no rendimento (η) do transformador, esse rendimento é a relação entre a potência de saída e a potencia de entrada.
4 - Rendimento - As perdas no cobre e no ferro influenciam diretamente no rendimento (η) do transformador, esse rendimento é a relação entre a potência de saída e a potencia de entrada.
Além deste valor de perdas, poderemos ainda determinar o fator de potência do transformador, em vazio. Este valor é importante, pois muitas vezes o transformador é deixado sem carga, tendo, do ponto de vista do fornecedor de energia, energia reativa (consumida ou produzida) que importa conhecer.
5 - Perdas por Efeito Joule - As perdas por efeito Joule ocorrem em forma de calor, devido à resistência ôhmica dos enrolamentos. Essas perdas são conhecidas como perdas no cobre e ocorrem pelo efeito da histerese magnética e das correntes parasitas (ou correntes de Foucault).
As perdas nos transformadores monofásicos são calculados através da fórmula:
PCU = R1 x I12 + R2 x I22
Onde:
PCU corresponde às perdas no cobre em Watts;
R1 é a resistência ôhmica do enrolamento primário, medida na temperatura de trabalho (75ºC);
I1 é a corrente primária em plena carga;
R2 é a resistência ôhmica do enrolamento secundário, medida na temperatura de trabalho (75ºC);
I2 é a corrente secundária em plena carga.
Pode-se observar, através da fórmula, que a perdas no cobre sofrem dois tipos de variação, ou seja:
Através da variação da carga do transformador, pois, variando a carga, variam também as correntes primárias I1 e correntes secundárias I2;
Através da variação de temperatura de trabalho do transformador, variam também as resistências ôhmicas dos enrolamentos primários R1 e R2.
Para o cálculo de perda nos transformadores trifásicos, a fórmula é:
PCU = 3 (R1 x IF12 + R2 x IF22)
6. Rendimento - Você já estudou que o enrolamento primário absorve potência elétrica, enquanto o enrolamento secundário fornece a potência elétrica.
O rendimento de um transformador é definido pela relação entre a potência elétrica fornecida pelo secundário e a potência elétrica absorvida pelo primário.
A potência absorvida pelo primário corresponde à potência fornecida pelo secundário mais as perdas no cobre e no ferro.
Como as perdas no cobre variam em função da temperatura, o rendimento do transformador deve ser calculado com a temperatura em regime de trabalho, ou seja, 75ºC
Para esse cálculo, usa-se a seguinte fórmula: η = (V2 x I2) / (V2 x I2 + PCU + PFE) ou
η75ºC = (V2 x I2) / (V2 x I2 + PCU75ºC + PFE)
Onde: η: Rendimento na temperatura ambiente; η75ºC: Rendimento na temperatura de trabalho; V2: Tensão secundária em Volts; I2: Corrente secundária e, Amperes; PCU: Indica as perdas no cobre à temperatura ambiente; PCU75ºC: Indica as perdas à temperatura de trabalho; PFE: Indica as perdas no ferro.
Para transformadores trifásicos, a expressão é a seguinte: η = (VF2 x IF2) / (VF2 x IF2 + PCU + PFE) ou η75ºC = (VF2 x IF2) / (VF2 x IF2 + PCU75ºC + PFE)
Onde: VF2: é a tensão secundária da fase e IF2: é a corrente secundária da fase.
7. Impedância Percentual - A impedância percentual ou tensão de curto-circuito percentual corresponde a uma parte da tensão nominal do enrolamento primário suficiente para fazer circular a corrente nominal do enrolamento secundário, desde que este esteja fechado em curto-circuito.
O valor da impedância percentual varia entre 3 e 9% e vem marcado na placa dos transformadores com os símbolos Z%, Uk% ou VCC%.
Esse valor é calculado com a seguinte fórmula: Z% = (Vcc / Unp) x 100
Exemplo: Qual a impedância percentual de um transformador com as seguintes características:
Tensão nominal do primário (Unp) = 500V
Corrente nominal do secundário (Ins) = 20ª
Tensão suficiente para fazer circular 20ª no secundário quando fechado em curto-circuito (Vcc) = 30V.
Z% = (30 / 500) x 100 = 6%
O valor da impedância percentual (Z%) é de 6%.
A impedância percentual é um dado importante para o cálculo da corrente de curto-circuito, cuja fórmula é: Icc = (IN2 / Z%) x 100
Exemplo: Calcular a corrente de curto-circuito do transformador do exemplo anterior.
Icc = (20 / 6) x 100 = 333A
A corrente de curto-circuito deste transformador é 333A.
O valor da impedância percentual também é usado no dimensionamento de dispositivos de comando e proteção do equipamento e para auxiliar a ligação em paralelo entre transformadores.
Nesse tipo de ligação, a diferença entre as impedâncias dos transformadores não deve exceder a 10%.
Para valores diferentes da tensão de curto-circuito (Vcc) o transformador com tensão menor fica com a maior carga.
5 - Perdas por Efeito Joule - As perdas por efeito Joule ocorrem em forma de calor, devido à resistência ôhmica dos enrolamentos. Essas perdas são conhecidas como perdas no cobre e ocorrem pelo efeito da histerese magnética e das correntes parasitas (ou correntes de Foucault).
As perdas nos transformadores monofásicos são calculados através da fórmula:
PCU = R1 x I12 + R2 x I22
Onde:
PCU corresponde às perdas no cobre em Watts;
R1 é a resistência ôhmica do enrolamento primário, medida na temperatura de trabalho (75ºC);
I1 é a corrente primária em plena carga;
R2 é a resistência ôhmica do enrolamento secundário, medida na temperatura de trabalho (75ºC);
I2 é a corrente secundária em plena carga.
Pode-se observar, através da fórmula, que a perdas no cobre sofrem dois tipos de variação, ou seja:
Através da variação da carga do transformador, pois, variando a carga, variam também as correntes primárias I1 e correntes secundárias I2;
Através da variação de temperatura de trabalho do transformador, variam também as resistências ôhmicas dos enrolamentos primários R1 e R2.
Para o cálculo de perda nos transformadores trifásicos, a fórmula é:
PCU = 3 (R1 x IF12 + R2 x IF22)
6. Rendimento - Você já estudou que o enrolamento primário absorve potência elétrica, enquanto o enrolamento secundário fornece a potência elétrica.
O rendimento de um transformador é definido pela relação entre a potência elétrica fornecida pelo secundário e a potência elétrica absorvida pelo primário.
A potência absorvida pelo primário corresponde à potência fornecida pelo secundário mais as perdas no cobre e no ferro.
Como as perdas no cobre variam em função da temperatura, o rendimento do transformador deve ser calculado com a temperatura em regime de trabalho, ou seja, 75ºC
Para esse cálculo, usa-se a seguinte fórmula: η = (V2 x I2) / (V2 x I2 + PCU + PFE) ou
η75ºC = (V2 x I2) / (V2 x I2 + PCU75ºC + PFE)
Onde: η: Rendimento na temperatura ambiente; η75ºC: Rendimento na temperatura de trabalho; V2: Tensão secundária em Volts; I2: Corrente secundária e, Amperes; PCU: Indica as perdas no cobre à temperatura ambiente; PCU75ºC: Indica as perdas à temperatura de trabalho; PFE: Indica as perdas no ferro.
Para transformadores trifásicos, a expressão é a seguinte: η = (VF2 x IF2) / (VF2 x IF2 + PCU + PFE) ou η75ºC = (VF2 x IF2) / (VF2 x IF2 + PCU75ºC + PFE)
Onde: VF2: é a tensão secundária da fase e IF2: é a corrente secundária da fase.
7. Impedância Percentual - A impedância percentual ou tensão de curto-circuito percentual corresponde a uma parte da tensão nominal do enrolamento primário suficiente para fazer circular a corrente nominal do enrolamento secundário, desde que este esteja fechado em curto-circuito.
O valor da impedância percentual varia entre 3 e 9% e vem marcado na placa dos transformadores com os símbolos Z%, Uk% ou VCC%.
Esse valor é calculado com a seguinte fórmula: Z% = (Vcc / Unp) x 100
Exemplo: Qual a impedância percentual de um transformador com as seguintes características:
Tensão nominal do primário (Unp) = 500V
Corrente nominal do secundário (Ins) = 20ª
Tensão suficiente para fazer circular 20ª no secundário quando fechado em curto-circuito (Vcc) = 30V.
Z% = (30 / 500) x 100 = 6%
O valor da impedância percentual (Z%) é de 6%.
A impedância percentual é um dado importante para o cálculo da corrente de curto-circuito, cuja fórmula é: Icc = (IN2 / Z%) x 100
Exemplo: Calcular a corrente de curto-circuito do transformador do exemplo anterior.
Icc = (20 / 6) x 100 = 333A
A corrente de curto-circuito deste transformador é 333A.
O valor da impedância percentual também é usado no dimensionamento de dispositivos de comando e proteção do equipamento e para auxiliar a ligação em paralelo entre transformadores.
Nesse tipo de ligação, a diferença entre as impedâncias dos transformadores não deve exceder a 10%.
Para valores diferentes da tensão de curto-circuito (Vcc) o transformador com tensão menor fica com a maior carga.
O arquivo para análise de isolação de máquinas elétricas com Mili-Ohmímetro e Multímetro digital elaborado por Sinésio Gomes pode ser baixado em: 23_08_01 Manutenção - Análise de resistência, tensão e corrente elétrica – Máquina ligada.
© Direitos de autor. 2015: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 21/01/2016
Quantos enrolamentos tem um transformador trifásico?
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